terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Tema de redação para Agente de Polícia Federal (Corrigimos seu texto) WhatsApp: (91) 98848-1618

TEMA 02
Cargo: Agente de Polícia Federal
Ano: 2012
Órgão: Polícia Federal
Instituição: CESPE
Nível: Superior


O Departamento de Polícia Civil do Estado de São Paulo vem investigando os crimes cometidos por três pessoas, maiores e capazes, que atuam no roubo de cargas transportadas em operações interestaduais nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As empresas transportadoras afetadas pelas ações dos criminosos são totalmente privadas, ou seja, não possuem participação financeira de nenhum ente da Federação, não havendo, portanto, em decorrência desses delitos, prejuízo patrimonial direto à União. Em operação destinada a prender em flagrante os criminosos, apenas um deles foi preso. No momento da prisão, ele ofereceu, ao chefe da equipe policial, cem mil reais para que fosse informalmente libertado. A
proposta não foi aceita, e a prisão do criminoso foi efetuada, de acordo com as formalidades legais.
Com base na situação hipotética apresentada acima, redija um texto dissertativo que responda, necessariamente e de maneira fundamentada, aos seguintes questionamentos.

        < Havendo necessidade de repressão uniforme dos crimes acima mencionados, poderá o Departamento de Polícia Federal investigar os delitos contra o patrimônio (roubos)?


        < Na situação considerada, a proposta feita pelo criminoso ao chefe da equipe policial configurou crime contra a administração pública? Em caso afirmativo, especifique o delito.

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Vestibulares de medicina têm disputa de até 185,3 candidatos por vaga. Correção de redação online. Conheça nossos serviços

O curso de medicina voltou a ser o mais concorrido do vestibular da Fuvest. A disputa de 56,43 candidatos por uma das 275 vagas no curso de medicina na Universidade de São Paulo (USP) e na Santa Casa, no entanto, é pequena se comparada a outros processos seletivos. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), que terá a primeira fase neste domingo (18), a concorrência é de 185,3 candidatos por vaga. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), são 127,3 candidatos por vaga. A disputa na Unicamp começou no último domingo (11). A primeira fase da Fuvest será no dia 25.
Garantir uma vaga na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ou Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) também não é nada fácil.
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Correção de redação online. Faça um curso de redação sem sair de casa. A Prática é melhor que a teoria!

Professores dão dicas sobre como praticar para a redação do Enem

Nas semanas que faltam até as provas, é hora de reforçar a produção textual, mas sem descuidar da leitura e reflexão com posicionamento

Sem alternativas corretas nem matrizes de referência, a redação destoa de todas as demais provas – e, no caso do Enem, vem imiscuída entre Matemática e Linguagens e Códigos. Diferentemente das questões objetivas, na produção de um texto não há exercícios a fazer ou conteúdos a estudar: para praticar, só mesmo escrevendo – e lendo – muito, e com qualidade.

Colocar as ideias no papel exige, antes de tudo, que se pense de maneira crítica sobre temas relevantes para a vida em sociedade. A leitura dos textos motivadores contribui para a compreensão do que é solicitado, mas dificilmente basta: é preciso conhecer ao menos os principais aspectos do problema de antemão – e ter refletido a respeito certamente ajuda.

– O grande objetivo da redação é fazer com que milhões de jovens reflitam sobre um problema nacional. O desafio está em eles encaminharem um texto coerente, curto, demonstrando que pensaram na questão: não de forma utópica, mas entendendo aquilo como um problema para eles também – define Luísa Canella, professora de redação no Unificado.
Nesta reta final, Luísa destaca que não é necessário se preocupar tanto com o tema da redação, cogitando o que pode ou não cair. E dá a dica: até atividades de lazer podem ajudar na hora de explorar abordagens que, mesmo não sendo cobradas na prova, ajudam o aluno a pensar criticamente. Um exemplo está nas novelas, que geralmente apresentam polêmicas e levantam discussões na sociedade.
Da cabeça para a folha do mundo para a cabeça
Na hora de passar as ideias para o papel, é essencial colocar a proposta em perspectiva, sustentar uma intervenção e desenvolver argumentos que reforcem seu ponto de vista – não necessariamente nessa ordem. A solução que o Enem cobra não precisa surgir apenas na conclusão, ainda que seja esse um caminho comum. A professora Cristiani Basso Fernandes, que leciona produção textual no Colégio Marista São Pedro, de Porto Alegre, explica que a estrutura do texto não é engessada, mas deve sempre conter as mesmas seções básicas.

– O aluno precisa mostrar que entendeu o tema, explicar o que sabe a respeito, emitir uma opinião e propor uma intervenção. Acho mais fácil seguir essa sequência, mas não há uma fórmula, até porque a autoria é bastante importante – garante Cristiani.
Dentro da proposta de texto dissertativo-argumentativo, exigido pelo exame, é importante o autor saber se posicionar e convencer o leitor de que suas ideias são válidas. Para Luísa, é preciso também prestar atenção para não correr o risco de simplesmente apontar o problema, sem refletir sobre ele.
– Escrever somente sobre a necessidade de conscientização é algo vazio, e tenho visto vários exemplos disso. Mesmo o aluno de Ensino Médio tem de saber refletir sobre os problemas sociais – afirma a professora.
No pouco tempo que falta até a prova, a professora de redação e literatura do Colégio Farroupilha Carmen Gobbato Ruaro Garcia recomenda que os candidatos se posicionem por escrito sobre temas variados. Para tanto, vale ler editoriais de jornais, por exemplo, e escrever se concorda ou não com o autor, e por quê. Argumentando com clareza, lendo diferentes fontes e sempre tomando cuidado com a ortografia e a gramática, a prática ajuda a chegar preparado para a prova.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vestibular/noticia/2014/10/professores-dao-dicas-sobre-como-praticar-para-a-redacao-do-enem-4621509.html
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Tema de redação para administrador (Banca: CESPE) - correção de redação online

Tema de redação para administrador (Banca: CESPE)


Cargo: Administrador
Ano: 2012
Órgão: TJ/RR
Instituição: CESPE
Nível: Superior

Após as grandes crises de governabilidade há necessidade de se repensar e construir um novo
Estado, a partir de reformas políticas e administrativas profundas. Tais reformas devem habilitar o Estado a desempenhar as funções que o mercado não é capaz de executar. O mais importante é construir um Estado que responda aos interesses dos seus cidadãos, no qual seja possível aos políticos fiscalizar o desempenho dos burocratas e estes sejam obrigados por lei a lhes prestar contas, e onde os eleitores possam fiscalizar o desempenho dos políticos e estes sejam também obrigados por Lei a lhe prestar contas. Para tanto, são essenciais reformas políticas que deem maior legitimidade aos governos, ao ajuste fiscal, à privatização, à desregulamentação e reformas administrativas que criem os meios de se obter uma boa governança.

Luiz Carlos Bresser Pereira e Peter Kevin Spink. Reforma do Estado e administração
pública gerencial. 7.ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006 (com adaptações).


Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca dos três principais
modelos de administração pública vigentes no país desde o século passado. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, as principais
características dos seguintes modelos:
·         < patrimonialista; [3,0 pontos]
·         < burocrático; [3,0 pontos]
·         < gerencial. [3,0 pontos]


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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Dica de redação para o concurso da UFPA

Texto Expositivo
uExpor;
uExplicar;

uConhecimento de mundo.

Texto Argumentativo
uDefender;
uOpinar;
uFundamentar seus argumentos.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Redação nota 1000

O fim do Grande Irmão
Câmeras que gravam qualquer movimento, telas transmitindo notícias a todo minuto, o Estado e a mídia controlando os cidadãos. O mundo idealizado por George Orwell em seu romance 1984, onde aparelhos denominados teletelas controlam os habitantes de Oceania vem se tornando realidade. Com a televisão e, principalmente, a internet, somos influenciados – para não dizer manipulados – todos os dias.
Tal influência ocorre, majoritariamente, através da mídia e da propaganda. Com elas, padrões de vida são disseminados a uma velocidade assombrosa, fazendo a sociedade, muitas vezes privada de consciência crítica, absorvê-los e incorporá-los como ideais próprios. Desse modo, deixamos de ter opinião particular para seguir os modelos ditados pelo computador, acreditando no que foi publicado, sem o devido questionamento da veracidade dos fatos apresentados.
Com isso, as novas redes sociais, surgidas nesse início do século XXI, se tornam os principais vetores da alienação cultural e social da população, uma vez que todos possuem um perfil virtual com acesso imensurável a todo o tipo de informações. Por isso, diversas empresas e personalidades se valem da criação de perfis próprios, atraindo diversos seguidores, aos quais impõe sua maneira de agir e pensar. Esses usuários, então, se tornam mais vulneráveis e suscetíveis à manipulação virtual.
Outro ponto negativo dessas redes, como o Facebook e o Twitter, é o fato de todo o conteúdo publicado ficar armazenado na internet, permitindo a determinação do perfil dos usuários e a escolha da melhor maneira midiática de agir para conquistá-los. Além disso, o uso indiscriminado de tais perfis possibilita a veiculação de imagens ou arquivos difamadores, servindo como ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela e comprometendo outras, com falsas denúncias, por exemplo.

Diante disso, é necessária a aplicação de medidas visando a um maior controle da internet. A implantação, na grade escolar brasileira, do estudo dessas novas tecnologias de informação, incluindo as redes sociais, e a, consequente, formação crítica dos brasileiros, seria um bom começo. Só assim, poderemos negar as previsões feitas por George Orwell e ter um futuro livre do controle e da alienação.


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Tema de redação - Corrigimos seu texto

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema Crise na Síria e o drama dos refugiados, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Síria é 'maior crise humana da nossa era', diz ONU

A guerra na Síria já gerou mais de três milhões de refugiados e é a "maior crise humana da nossa era", com quase metade da população forçada a deixar suas casas, segundo a ONU.

Um em cada oito sírios deixou o país, e outros 6,5 milhões foram deslocados dentro da Síria, disse a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Metade dos atingidos são crianças.
Grande parte dos refugiados foi para os países vizinhos, sendo que a maioria deles - mais de 1,1 milhão - está no Líbano.
Famílias chegam a campos de refugiados exaustas e com medo, disse a ONU. Algumas pessoas contam histórias de terem passado mais de um ano se mudando entre vilarejos dentro da Síria.

Texto II

Onde estão os refugiados sírios?

§  1.175.504 no Líbano
§  832.508 na Turquia
§  613.252 na Jordânia
§  215.369 no Iraque
§  139.090 no Egito
§  23.367 no Norte da África
§  6,5 milhões estão desalojados dentro da Síria


Texto III

O que houve com o Mediterrâneo? Guerra na Síria, Crise na Grécia e Mortes no Mar!

Houve um momento na história que a cultura mediterrânea era a mais forte no Oriente Médio. Um momento quando Beirute, Smyrna, Alexandria e outras cidades nesta parte do mundo estavam interligadas com Genova, Veneza, Marselha. Um momento quando mesmo o interior, com Aleppo, Cairo e Damasco, também era dedicado ao comércio. A diferença é que o mar era o deserto e as caravanas os navios.
Esta ligação do comércio mediterrâneo com o comércio do oriente tornou estas cidades as mais cosmopolitas de suas épocas. Cidades onde viviam judeus, armênios, gregos, genoveses, turcos e árabes. Claro, não era perfeito. Mas, se comparado ao resto do mundo, incluindo a Europa do Norte, na época, era um oásis de liberdade e tolerância.
As pessoas se comunicavam pela língua franca, ou sabir, que misturava um pouco de todos os idiomas do Mediterrâneo. Havia algo do português, do ladino, do espanhol, do francês, do grego, do turco e do árabe. Era uma língua falada apenas. Não deixou herança escrita. E desapareceu assim como praticamente desapareceu grande parte daquela cultura do Mediterrâneo.
Mesmo antes desta época do Mediterrâneo cosmopolita, tivemos os fenícios, os gregos e os romanos. Nossa cultura Ocidental e nossas religiões nasceram no Mediterrâneo. E boa parte da cultura oriental também nasceu no Mediterrâneo. É Istambul ou Constantinopla. É Roma. É Atenas. É a Terra Santa. É Cartago, hoje Tunísia. É Argel. É Tanger. É Mônaco e Nice. É Nápoles. É Barcelona. É Valência. É Sidon e Haifa.
Sem dúvida, na culinária, na música, nas artes e em muitas outras áreas o Mediterrâneo ainda segue culturalmente forte. Mas deixou de ser importante politica e economicamente. Hoje o Mediterrâneo tem crises econômicas no lado europeu, com a Grécia perto de um colapso, com guerras no lado oriental, com a Síria destruída, e milhares de refugiados de toda a África morrendo no mar. As duas cidades mais cosmopolitas, que são Beirute e Tel Aviv, sequer possuem comércio entre si.
Um dia, quem sabe, o Mediterrâneo oriental voltará a ser como no passado. Como escreveu uma jornalista israelense do Haaretz que esteve no Líbano, não há cidade no planeta que os israelenses gostariam mais do que Beirute. Se fossem, talvez não quisessem ir embora nunca mais. http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/Acesso em: 30 de setembro de 2015.

sábado, 26 de novembro de 2016

Tema de redação para vestibulares

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema Qual o limite entre o trote e o crime? apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Reconhecimento social

Apesar de ser uma prática repugnante, os trotes vêm sendo aceitos como um símbolo de reconhecimento social. Existe muita resistência por parte das Universidades e autoridades em organizar uma discussão a respeito ou tomar providências mais incisivas. O raciocínio predominante parece ser o de que, se não houver mortes ou mutilações durante as recepções aos novatos, então não há problema, pois se trata de um tradicional rito de passagem que promove a integração entre calouros e veteranos.
Entretanto, tais atos de violência não devem ser entendidos como “brincadeira”. São atos de tortura, que na maioria dos casos deixam marcas que o tempo não apaga e podem, até mesmo, configurar bullying. É absolutamente inaceitável que um veterano imponha aos calouros condutas que venham a lhes causar danos à saúde, à vida ou os atinjam em sua dignidade.


Texto II

Trote e tortura

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo investigou denúncias de violação de direitos humanos em trotes de universidades paulistas. Os deputados paulistas pedem que os trotes praticados contra calouros nas universidades de todo o país sejam classificados de crime de tortura no Código Penal Brasileiro. “O que acho mais urgente é tirar toda a violência que ocorre nos trotes do capítulo de Atentado Violento ao Pudor, elevando-o à categoria de tortura. Trote é uma forma de tortura”, disse o deputado Adriano Diogo, presidente da CPI.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Dica de atualidades

Conheça 18 motivos que explicam porque reduzir a maioridade penal não irá sequer ajudar a resolver o problema na segurança pública no Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal está discutindo a redução da maioridade penal e o tema é considerado prioritário pela Bancada da Bala. A votação da Proposta de Emenda Constitucional PEC 171/93 foi adiada mas a discussão continua quente no congresso e também na sociedade civil. Separamos aqui 18 motivos que explicam porque reduzir a maioridade penal não resolve o problema na segurança pública.

 

1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional

A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.

 

2°. Porque a lei já existe, resta ser cumprida

O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!

3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%

Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.

 

4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas

O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.

 

5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência

Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

 

6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial

Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.

 

7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado

A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.

8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção

Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

 

9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa

A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.

 

10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir

A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.

 

11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude

O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.

 

12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência

Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

 

13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável

A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.

 

14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime

Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.

15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais

Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.

 

16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos

O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.

 

17°. Porque o brasil está dentro dos padrões internacionais

São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.

 

18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução

O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.
Mais de 50 entidades brasileiras aderem ao Movimento 18 Razões para a Não redução da maioridade penal.

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