terça-feira, 18 de abril de 2017

Modelo de redação para o Enem

Violação à dignidade feminina
Historicamente, o papel feminino nas sociedades ocidentais foi subjugado aos interesses masculinos e tal paradigma só começou a ser contestado em meados do século XX, tendo a francesa Simone de Beauvoir como expoente. Conquanto tenham sido obtidos avanços no que se refere aos direitos civis, a violência contra a mulher é uma problemática persistente no Brasil, uma vez que ela se dá- na maioria das vezes- no ambiente doméstico. Essa situação dificulta as denúncias contra os agressores, pois muitas mulheres temem expor questões que acreditam ser de ordem particular.
Com efeito, ao longo das últimas décadas, a participação feminina ganhou destaque nas representações políticas e no mercado de trabalho. As relações na vida privada, contudo, ainda obedecem a uma lógica sexista em algumas famílias. Nesse contexto, a agressão parte de um pai, irmão, marido ou filho; condição de parentesco essa que desencoraja a vítima a prestar queixas, visto que há um vínculo institucional e afetivo que ela teme romper.
Outrossim, é válido salientar que a violência de gênero está presente em todas as camadas sociais, camuflada em pequenos hábitos cotidianos. Ela se revela não apenas na brutalidade dos assassinatos, mas também nos atos de misoginia e ridicularização da figura feminina em ditos populares, piadas ou músicas. Essa é a opressão simbólica da qual trata o sociólogo Pierre Bordieu: a violação aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está –sobretudo- na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo social.

Destarte, é fato que o Brasil encontra-se alguns passos à frente de outros países o combate à violência contra a mulher, por ter promulgado a Lei Maria da Penha. Entretanto, é necessário que o Governo reforce o atendimento às vítimas, criando mais delegacias especializadas, em turnos de 24 horas, para o registro de queixas. Por outro lado, uma iniciativa plausível a ser tomada pelo Congresso Nacional é a tipificação do feminicídio como crime de ódio e hediondo, no intuito de endurecer as penas para os condenados e assim coibir mais violações. É fundamental que o Poder Público e a sociedade – por meio de denúncias – combatam praticas machistas e a execrável prática do feminicídio.

domingo, 2 de abril de 2017

Veja as dicas dos campeões da redação do Enem 2016

Veja as dicas dos campeões da redação do Enem 2016
Veja as dicas e trajetórias dos estudantes que obtiveram acima de 900 na redação do mais concorrido vestibular do país
Desde o lançamento dos resultados do Enem 2016, o GUIA DO ESTUDANTE vem recebendo muitas mensagens e depoimentos de estudantes que obtiveram ótimas notas na redação do exame – tarefa nada fácil em um exame que segue regras bastante específicas sobre a pontuação.
É preciso muito treino e estudo para ir bem na redação. Sob esses dois pilares, trazemos aqui dicas dos campeões da redação, aqueles que obtiveram nota superior a 900 no maior vestibular do país.

Persistência


João Pedro, de 20 anos
Engana-se quem acha que é preciso ter algum talento nato para arrasar na redação. O estudante João Pedro Carvalho Rocha, de 20 anos, que obteve 920 no exame deste ano, conta que o resultado é fruto de cinco anos de dedicação. “Em 2012 obtive 440 pontos na redação. Em 2013, apenas 280 pontos. Em 2014 levei mais a sério, pois era meu último ano do ensino médio, mas tive uma grande decepção com a nota, que foi de 580 pontos. Em 2015, consegui ver melhora, com 720 pontos. E, em 2016, parece que foi a redenção, 920 pontos”, conta.
Também é o caso de Loise Nascimento, que tirou 960 na redação este ano e quer cursar Odontologia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “No primeiro ano do ensino médio, tirei 840. No segundo ano fui para 700 e no terceiro 640, o que me deixou muito mal, porque não consegui boa média para ingressar na faculdade”, conta. Mesmo desanimada, ela continuou estudando sozinha. “Nunca fui aluna ‘notão’, mas quando estava no terceiro ano começou a bater a realidade de que precisava estudar mais”, explica.
Foi justamente a decepção pela nota do ano anterior que a fez querer se superar e aumentar sua média. “Na área de matemática minha nota nunca foi muito boa. No cursinho, meus professores me incentivaram a melhorar a nota de redação para compensar o desempenho em exatas”, conta Loise. “Creio que para todos o Enem é bem cansativo. Mas para mim sempre foi mais, porque sou classificada como sabatista pelo MEC, então era um ‘chá de cadeira’. Mas sempre tentei manter a cabeça tranquila.”
Já João Pedro conta que a diferença entre seu resultado de 2016 e o dos anos anteriores esteve no seu modo de encarar a prova. “Vi o Enem com mais maturidade e entendi o que é necessário em um texto dissertativo-argumentativo. Comecei a ler e escrever mais. Na reta final, eu fazia um simulado por semana”, conta.
Ele diz que, ao mesmo tempo que estudava, já estava matriculado no curso de Arquivologia da Ufes, mas não parou de se preparar para o Enem, que vai usar para tentar Direito. O ano atribulado foi conciliado com sua campanha para vereador na cidade de Ibatiba (ES), em que terminou como primeiro suplente de sua coligação.
Quer fazer uma boa redação? Siga essas dicas
– Leia muito e mantenha-se sempre atualizado
– Estude história, filosofia e sociologia
– Treine bastante o tipo dissertativo
– Não desista caso tire uma nota ruim
– Leia redações de anos anteriores que obtiveram nota mil


sábado, 1 de abril de 2017

Tema de redação para TJ (SP e PR) CORRIGIMOS SUA REDAÇÃO!!!

Cargo: Auxiliar Judiciário
Ano: 2012
Órgão: TJ/AC
Instituição: CESPE
Nível: Médio

Tornou-se pública uma questão intrigante referente aos direitos da personalidade. O caso do Anão Bala na França. O Anão trabalhava no circo e a sua função era ser a bala do canhão. Na situação específica os turistas questionaram essa sua atividade alegando que ofendia os direitos da personalidade. Por outro lado, o anão respondeu que não se sentia ofendido em seus direitos e que ele precisava de trabalhar para sustentar a sua família. Estava, assim, instaurada a controvérsia jurídica.

Sabendo que o art. 11 do Código Civil dispõe que, com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária, redija um texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes aspectos:

        < a intransmissibilidade e irrenunciabilidade dos direitos da personalidade; [valor: 2,00 pontos]
        < imprescritibilidade dos direitos da personalidade; [valor: 2,50 pontos]
        < indisponibilidade dos direitos da personalidade. [valor: 5,00 pontos]